Petite Amy, présent.

Parte 2.

Cá estou eu tentando juntar as peças do quebra-cabeças que meu querido pai deixou bagunçadas. 

"As ações estão subindo cada vez mais e o empresário Robert Manson bate o recorde de maior investidor. Ele atingiu a marca de 1,2 bilhões de reais no último ano".

Se passaram doze anos desde que Amy havia visto o pai pela última vez.
A cena de morte de sua mãe era algo que ela não queria lembrar, mas tinha pesadelos todas as noite e desde o ocorrido, a cada dia que se passava o ódio e desejo de vingança que ela tinha aumentavam cada vez mais. 
Ela passou a tomar remédios fortes, pois tinha pequenos episódios de surtos.
Na adolescência Amy teve notícia do pai através da tia com quem morava, ela recebeu um telegrama onde ele perguntava sobre Amy e pedia desculpas pelo ocorrido.

"Queria Ames, já fazem quatro anos que não te vejo e sinto muito por isso. Como você está? Deve ter se tornado uma mocinha linda. Penso todos os dias em você.
Te peço perdão, espero que um dia possa me perdoar.
Adoraria receber notícias suas.

Papai."
 Amy relera a carta, a partir daquele dia ela passou a planejar sua vingança. Aquela foi a única carta de seu pai.
 Agora ela estava vendo uma foto dele na tevê e tratou de por seu plano em prática.
Ele havia sido encontrado e cumpriu uma pena de oito anos, por delito preterdoloso, em regime fechado, quando teve sua fiança paga e foi solto, também por bom comportamento.
Em dois anos ele se restabeleceu e se tornou um empresário renomado com  ajuda do homem que assinou sua liberdade.
Amy era agora uma grande mulher, quem havia visto ela criança, provavelmente não a reconheceria adulta, pois criou corpo, mudado a cor dos cabelos para vermelho, já que ela era loira de olhos azuis e precisava deixar no passado aquele rosto inocente, e estava usando lentes acastanhadas.
O cabelo que na infância era comprido e com cachos, agora estava na altura dos ombros, lisos e usava franja reta. Sua transformação fazia parte do plano que ela tinha de acabar com seu pai.

Naquela manhã do noticiário ela se arrumou, tomou uma xícara de café e pegou sua bolsa.
Robert não havia procurado mais por ela, mas não imaginava que a encontraria em breve.
Amy havia mudado seu nome e sobrenome, quando se casou com um agente do departamento federal de investigação.

Comentários

Postagens mais visitadas